Ontem a minha casa foi assaltada, esta é já a 2ª vez que acontece num espaço de tempo de nove meses. Desta 2ª vez as coisas foram bem diferentes, pois os danos foram maiores, logo eu apresentei denúncia, coisa que não aconteceu na última vez do assalto.
Ontem nós (eu, J.Nuno e Petra) chegamos a casa por volta das 19h e ao entramos em casa notamos que:
As portas estavam todas escancaradas
Objetos fora do lugar
Desarrumação geral
Gavetas abertas e outras entre abertas
Portas dos armários mal fechadas
Porta da traseira aberta com chave na fechadura, com vidro partido e fechadura danificada
Janela com vidro partido de um quarto que atualmente está despejado por brevemente vir a estar em obras de remodulação
Vidros partidos atirados para o sitio onde se encontra um cão de fila acorrentado
Demos por falta de:
Perante tal acontecimento, observamos e analisamos com rapidez a situação, conseguimos logo imaginar os passos que o ladrão deu na sua ação. Então foi assim: o ladrão entrou pela parte lateral da casa, saltando pelo portão e dirigiu-se para a porta traseira, a fim de tentar entrar por ela, partindo o vidro para abrir a fechadura, mas não conseguiu, visto a fechadura estar trancada e sem chave. Então ele tentou a entrada em casa de outra forma, nomeadamente partindo o vidro de uma pequena, estreita e desgastada janela do quarto que vai estar em obras de remodelação, pois este é o único espaço da casa mais fácil de arrombar. O ladrão entrou pela mesma, o que espanta, pois a janela é super estreita e além disso tem um ferro de proteção no centro da mesma. A medida da largura por onde entrou mede apenas cerca de 15 cm, medida pela qual ele consegui passar, logo concluímos que o ladrão é super magro! Entrou, mexeu, revirou tudo, levou aquilo que lhe interessou e tentou sair pela porta traseira, danificando -a com algum objecto que estava ali por perto para as futuras obras, mas não conseguiu, então procurou a chave da respetiva porta que estava bem arrumada, encontrou-a, abriu a porta e saiu, deixando-a aberta. Possivelmente ele saiu por onde entrou, mas não há certezas, pois o meu quintal é grande e ainda se encontra muito descoberto, além de que no seu redor existem muitas casas desabitadas ,daí haver muitas possíveis saídas fáceis para o ladrão sair sem ser visto. Sabemos que o cão durante toda a ação do ladrão esteve constantemente a ladrar, pois, este encontrava-se acorrentado. Certeza essa, que a vizinha do lado de cima comprovou, pois ela disse que por volta das 16h ouviu o cão numa grande latiria, mas nada consegui observar, devido à estrutura da nossa casa que lhe impede de ver alguma coisa que se passe no lado de cá.
Depois da observação e análise, imediatamente corri para o telefone para informar a PSP da ocorrência, na qual o chefe mandou um agente cá cima para registar a ocorrência. Passados 15 minutos (demora do deslocamento de V.F.C para Ponta Garça) o agente chegou, observou os danos, tentou também perceber qual foi os passos que o ladrão tomou para se justificar a porta e janela com vidro partido, o que acabou por concluir o mesmo que nós. Ele questionou-nos, quis saber se desconfiava-mos de alguém, o que sem hesitações dissemos-lhe que era alguém conhecido e com cadastro e a mesma pessoa que assaltou a nossa casa à 9 meses atrás. Além disso, expliquei-lhe uma situação sucedida no dia anterior com a pessoa em causa que foi a seguinte:
Na segunda feira, ao sair do meu local de trabalho pelas 17h e 30m, para minha admiração vi a dita pessoa passar na rua, situação que nunca aconteceu e por demais olhei para ele que estava no outro lado da rua e que simultaneamente arregalou os olhos para cima de mim. De imediato pensei e presenti: “Txxiiii, ele vão assaltar a minha casa” pois ele acabara naturalmente de se certificar, que eu trabalhava naquele local, logo era uma garantia para ele. Além disso, ele permaneceu em frente do meu local de serviço juntamente com outros colegas canalhas, o que acabou igualmente por se certificar que também o J.Nuno naquela hora não está em casa, pois ele naquele momento pegou em mim de carro. Com essa observação ele assegurou-se da nossa ausência durante o dia em casa.
O agente policial achou demasiada coincidência nesta situação, registou tudo com muita precisão e alertou-nos para não mexermos em nada pois, no dia seguinte( hoje) viria um agente da policia judiciária de P.D fazer a investigação para apurar possíveis impressões digitais deixadas pelo ladrão nos objetos e móveis da casa .
Na verdade, foi difícil não mexer em nada, quando se tem uma criança em casa, além disso já tínhamos mexido em algumas coisas quando deparamo-nos com a situação, por isso de imediato verificamos a falta de algumas coisas. Foi complicado ter que adormecer com vidros partidos e além disso estive toda a noite a sonhar com o dito ladrão. Na verdade, os meus sonhos mostram e predizem coisas inexplicáveis (hei de fazer um post sobre esse asunto) !
Hoje, como combinado o agente da judiciária de PD veio cá a casa, tentou tirar as impressões digitais dos sítios onde o ladrão tocou, mas sem sucesso, pois há factores que dificultam a análise, tais como: superfícies não lisas, existência de pó e humidade nos objetos, entre outros.
De facto, não foi possível tirar as impressões, mas de qualquer das maneiras a denúncia foi feita, logo o processo se desenvolverá e possivelmente o ladrão possa ser identificado e punido.
Efetivamente, assaltos e roubos têm frequentemente acontecido na freguesia de Ponta Garça, o que indigna toda a população, no entanto, muitas vezes as pessoas não agem como devem, ou seja não apresentam denúncia , por medo e por pensarem que esta não vai dar em nada, mas na verdade e segundo a palavra dos agentes, quanto mais denúncias foram feitas , mais registos haverá, logo, mais facilmente a polícia poderá descobrir e punir tais culpados. É de salientar que fazer uma denúncia é um direito e dever de qualquer cidadão.
Com esse assalto, a população da minha vizinhança ficou alarmada, pois já diz o ditado: “ quando vires as barbas do teu vizinho pegarem fogo, pois as tuas barbas de molho”.